A prefeita Mara Bertaiolli recebeu na tarde desta quarta-feira (23/07) um grupo de servidoras da Secretaria de Educação de Mogi das Cruzes, portadoras de fibromialgia - uma condição neurológica crônica que atinge principalmente mulheres e causa dor em todo o corpo, aumento da sensibilidade, cansaço, rigidez muscular, dor de cabeça e dificuldades para dormir.

O evento, organizado pela Secretaria Municipal da Mulher e pela equipe do vereador Clodoaldo de Moraes, teve como pauta o acolhimento dessas mulheres para ampliar práticas e ações que possam promover uma melhora na qualidade de vida. “Essa não é uma só causa de vocês, agora é uma causa da Prefeitura de Mogi e da nossa gestão. Vamos ouvir, acolher, trocar informações e fazer tudo o que pudermos para ajudá-las”, afirmou a prefeita.

Ela também solicitou que sejam realizadas reuniões mensais com as servidoras portadoras da fibromialgia para ampliar e aprimorar ações nas áreas de saúde, mobilidade e recursos humanos, por exemplo. “Este é um importante momento de escuta e acolhimento diante de uma doença que afeta principalmente mulheres, caracterizada por dor generalizada e pelo impacto na qualidade de vida”, destacou a secretária municipal  da Mulher, Lívia Bolina. 

Atualmente foram identificadas 51 servidoras da educação, entre professoras, auxiliares de desenvolvimento, agentes escolares, entre outras profissionais. “Infelizmente essa é uma doença muito limitante e incapacitante, além do difícil diagnóstico e da necessidade de acompanhamento multiprofissional. Então formamos um grupo que compartilha angústias e tristezas, mas também os momentos felizes”, explicou a auxiliar de Desenvolvimento da Educação (ADE), Graziele Cristina de Oliveira Eroles.

A partir de um breve levantamento, ela descobriu mais servidoras com fibromialgia e para sua surpresa foi verificado que todas eram da educação, em diferentes cargos. 

Também estiveram presentes os vereadores José Francimário Vieira de Macedo (Farofa) e Antonio José da Silva Neto (Tonhão), além da secretária municipal da Saúde e Bem-Estar, Rebeca Barufi; e de Gabinete, Neusa Marialva. 

O que é a doença

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% a população. A fibromialgia acomete mais as mulheres na faixa etária de 30 a 55 anos, mas existem alguns casos em pessoas mais velhas, crianças e adolescentes. Por isso, a sociedade alerta para a importância de os pais observarem sintomas como dor desproporcional a lesões ou excesso de fadiga. 

Ainda não se sabe a causa exata da fibromialgia. No entanto, essa condição pode ser provocada ou agravada por estresse físico e/ou emocional, como traumas físicos e psicológicos ou uma infecção grave, por exemplo. Embora não tenha cura, o tratamento ajuda a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa, podendo ser feito com o uso de remédios, a prática de atividade física regular e mudança nos hábitos alimentares, que devem ser indicados pelo reumatologista.