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SAO PAULO,17/07/2025

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Tempo seco aumenta o risco de incêndios em grande parte do estado

Em algumas áreas, umidade do ar pode chegar a níveis críticos e até abaixo dos 30%


Tempo seco aumenta o risco de incêndios em grande parte do estado

Nos próximos dias, quase todo o estado de São Paulo estará em estado de atenção para incêndios. O risco é elevado principalmente nesta quinta (17) e na sexta-feira (18), quando a baixa umidade relativa do ar, as temperaturas elevadas e o predomínio do Sol intensificam as chances de queimadas em todas as regiões paulistas.

De acordo com a previsão da Defesa Civil de São Paulo, em quase todo o estado, a umidade relativa do ar atingirá níveis críticos e até abaixo dos 30%.

“A umidade abaixo de 30% aumenta muito o risco de incêndios, principalmente os florestais. Por isso, pedimos muito o auxílio da população para não jogar bituca de cigarro na beira da estrada, para que não limpem o quintal colocando fogo no lixo, para que o produtor rural não faça roçada utilizando fogo, e que a população não solte balões, que é um crime ambiental e contribui muito para incêndios florestais e em áreas residenciais também”, alerta o coordenador estadual de proteção e Defesa Civil de São Paulo, Tenente Coronel Araújo Monteiro.

A partir de sábado (19), há previsão de uma frente fria que pode trazer umidade para a faixa leste, diminuindo o risco de queimadas. No entanto, no interior, não haverá influência desse fenômeno e o risco para incêndios permanece elevado em todos os dias.

Na segunda-feira (21), o alerta retorna para todo o estado, em especial para o extremo norte, que pode entrar em estado de emergência para incêndios.

O Governo de São Paulo informou que iniciou no dia 1º de junho a fase vermelha da Operação SP Sem Fogo, com importantes inovações tecnológicas voltadas ao monitoramento e resposta às queimadas. Uma delas é a Sala SP Sem Fogo, uma plataforma destinada ao monitoramento dos focos de incêndio em tempo real, com emissão diária de boletins preditivos para o planejamento e coordenação das ações de resposta rápida.

“A Operação SP Sem Fogo é uma ação integrada da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e órgãos ambientais para cuidar e minimizar os focos de incêndio e agir emergencialmente no caso da necessidade de intervenção”, ressalta o diretor da Defesa Civil de São Paulo, tenente-coronel Araújo Monteiro.

Outra novidade para este ano é que a Defesa Civil do Estado de São Paulo vai utilizar a tecnologia cell broadcast para alertar a população sempre que a umidade do ar ficar abaixo de 12% e quando houver focos de incêndios próximos a áreas urbanas. A ferramenta foi incorporada à Operação SP Sem Fogo e poderá ser utilizada para alertas severos ou extremos, com orientações voltadas à prevenção e saúde das pessoas.

Também foi implementado neste ano o alerta de incêndio georreferenciado, gerado pelo sistema SMAC, desenvolvido pela Defesa Civil para identificar focos de queimada próximos às reservas florestais do estado. Sempre que os satélites apontarem um novo foco de incêndio próximo a qualquer unidade de conservação, um alerta automático será emitido ao CGE da Defesa Civil e também aos gestores do parque florestal que estiver em risco.

Para este ano, a Semil implementou mudanças na legislação ambiental visando coibir queimadas ilegais. As alterações na Resolução SIMA 05/2021, publicadas em abril, estabelecem punições mais severas para a utilização irregular do fogo em áreas rurais.

A principal mudança é a criação de uma multa específica para proprietários rurais que não adotarem medidas preventivas contra incêndios florestais, com valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões. A norma também aumenta as penalidades para quem provocar incêndios em áreas produtivas ou vegetação sem autorização, com multas de R$ 3 mil por hectare atingido, podendo dobrar em casos mais graves, como incêndios em terras indígenas. A legislação anterior previa multa de até R$ 1,5 mil por hectare.

A Fundação Florestal destinou R$ 11 milhões iniciais à operação, com contratação de bombeiros civis, aeronaves, aquisição de equipamentos e retirada de vegetação seca em áreas estratégicas. O DER, por sua vez, destinou mais de R$ 300 milhões à conservação de rodovias, incluindo ações contra incêndios.

O Corpo de Bombeiros capacitou 1,9 mil agentes e outros 900 estão em treinamento. A Polícia Ambiental reforçou ações de educação e fiscalização. Até o momento, 3 mil agentes de 600 municípios foram capacitados pela Defesa Civil para integrar a operação.

Operação SP Sem Fogo

Criada em 2023, a Operação SP Sem Fogo já entregou 348 veículos a municípios prioritários, além de kits de combate a incêndios. Em 2025, serão contratadas aeronaves também para monitoramento e adquiridos, pela primeira vez, 20 caminhões-pipa.

A Operação SP Sem Fogo é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta com iniciativas e investimentos do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar Ambiental, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), além da própria Semil e de suas vinculadas: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Fundação Florestal (FF).

Para cumprir seus objetivos, a Operação São Paulo Sem Fogo desenvolve uma série de atividades de forma permanente ao longo do ano, divididas em fases (verde, amarela e vermelha), conforme as necessidades e priorizações de cada período.




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